sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Cadê a ética ao falar dos índios Fulni-ô?

Faltam duas semanas para os índios Fulni-ô de Pernambuco saírem do Ouricurí, local onde acontece o ritual secreto do povo. Não vou falar muito sobre o evento, mas deixarei o link para quem quiser saber mais sobre o Rito Fulni-ô.

Meu propósito aqui é outro. As vezes, as pessoas confundem, ultrapassam o direito de liberdade e chegam ao desrespeito. Foi o caso do jornalista Antônio Marcos do Jornal Comunidade ao escrever sua opinião sobre uma realidade por ele desconhecida, mas que brutalmente a atacou: aversão do ritual fulni-ô, por Antônio Marcos.

Segundo o capítulo III, art 12º, inciso VIII do código de ética dos jornalistas, é dever do jornalista preservar a língua e a cultura do Brasil, respeitando a diversidade e as identidades culturais. O que obviamente este jornalista não o fez.

Infelismente, é por atos como esse contrário a ética do jornalista que envergonham esta profissão, que tem como fundamental compromisso, a "verdade", o que não ocorreu, por parte do veículo e do subordinado. Outra falha grave foi a falta de checagem na apuração, talvez pela sede de em atingir um alvo inocente, o povo Fulni-ô.

Deixo aqui, aos meus colegas de profissão um pedido, vamos respeitar o próximo. Não vamos usar essa arma tão poderosa que é a imprensa para denigrir imagens, principalmente dos índios, com inverdades.

Um comentário:

Sou o que sou! disse...

Mal, seu texto está ótimo, simples e objetivo. A argumentação em um contexto é muito importante para a compreensão, para o entendimento e o convencimento do leitor... Vc é muito talentosa e inteligente, concerteza vai chegar longe. Como uma foca percorrendo o mar até chegar na ilha procurada, "A ilha da vitória!!!" Parabéns, a defesa de nossos conceitos e ideais é um ato de coragem e dignidade. Bjão, futura jornalista.