segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Autonomia indígena é discussão na Universidade de Brasília

A luta não pára, os povos e comunidades indígenas estão cada vez mais ganhando espaço dentro das universidades. Seminários, fóruns e encontros estão sendo realizados para discutir questões como saúde, educação, e políticas públicas. Um ciclo de debates com grupos de estudos multidiciplinares sobre Autonomina Indígena será realizado nesta quarta-feira, 15 de dezembro, às 15h no Auditório Multiuso II - UnB. Participará do evento, o antropólogo Gersem Baniwa.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Indígenas discutem comunicação e inclusão digital na USP

A mídia eletrônica é um recurso muito importante na difusão dos mais diversos assuntos e os indígenas querem saber cada vez mais como utilizar essa ferramenta em prol dos povos e comunidades indígenas. A Universidade de São Paulo (USP) vai realizar o 1º Simpósio Indígena sobre uso da Internet no Brasil para discutir o assunto, durante os dias 24 a 26 de novembro.

Participarão do evento, blogueiros, internautas e lideranças indígenas. Entre eles, Ailton Krenak, Daniel Baniwa, Takumã Kuikoro, e Alex Pankararu. As discussões terão transmissão on-line. Maiores informações pelo site do Simpósio.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Acesso e Permanência de estudantes indígenas na UnB

O acesso e a permanencia de estudantes indígenas na Universidade de Brasília (UnB) são discutidos durante o Seminário do Programa Conexões de Saberes realizado nesta quinta-feira, 11 de novembro no auditório II da Faculdade de Saúde (FS/UnB). As dificuldades e conquistas dos graduandos foram destaques.

Fizeram parte da mesa de debate a antropóloga da Fundação Nacional do índio (FUNAI), Nina Paiva; a assessora pedagógica do Programa Conexão de Saberes, Valéria Andrade; a presidente da Associação dos Acadêmcios Indígenas do Distrito Federal (AAIDF) e estudante de nutrição Edneide Atikum, o estudante de Engenharia Florestal, Olavo Wapichana e a primeira estudante indígena formada pela UnB, Amazonir Fulni-ô.

Para finalizar o encontro, os estudantes indígenas fizeram uma apresentação de danças e cânticos tradicionais no jardim da FS.

Maiores informações no blog da Semana Universitária da UnB Agência.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pesquisa recupera história do movimento indígena no Brasil

Lutas sociais dos índios em busca dos seus direitos começou em 1970, e hoje é representado por 486 organizações diferentes

Amazonir Fulni-ô
Repórter da Secretaria de Comunicação da UnB

A partir da década de 1970, com as políticas expansionistas do governo militar, os índios brasileiros passaram a organizar seus próprios movimentos sociais para defender seus direitos. Cada vez mais, eles são autores de sua própria história, como mostra a tese de doutorado da historiadora Poliene Soares.

"A consciência da luta inseriu os povos indígenas do Brasil, direta e expressivamente, na opinião pública", diz Poliene. Segundo a pesquisadora, as lideranças indígenas dispensam porta-vozes e passam a falar por si mesmas. Uma mudança que pode ser verificada no aumento das organizações indígenas: Em 1995, uma pesquisa do Instituto Socioambiental revelou a existência de 109 entidades. Em 2001, eram 318. Já em 2009, a pesquisa da UnB encontrou 486 organizações que lutam pelos direitos indígenas no Brasil.

O movimento indígena brasileiro tem se caracterizado pela atuação em três frentes: formação de lideranças próprias, articulação entre os povos e parceria com entidades de apoio e com o Estado.

No estudo, Poliene mostra o papel de líderes como Gersem Baniwa, Joênia Wapichana, Marcos Terena, Paulinho Montejo, Ailton Krenak e Azelene Kaigang. Azelene é socióloga, e foi a única indía brasileira a participar do processo de formulação da Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas. “É bom observar que os avanços não aconteceram porque o estado Brasileiro se tornou mais sensível as nossas lutas, mas porque nós lutamos por estas conquistas”.

HISTÓRIA - Segundo a tese, o movimento começou com as assembleias indígenas em 1974, em que chefes e demais participantes atuaram como sujeitos conscientes do processo de dominação, mas sem se subjugarem. Esse movimento ganhou força com a presença dos índios no Congresso Nacional durante a Constituinte de 1988. Eles passaram a representar a si mesmos.

Os principais nomes dessa época são: Mário Juruna, Álvaro Tucano, Ângelo Kretã, Marçal de Souza, Raoni Mentuktire e Domingos Veríssimo Terena. Mário Juruna ficou famoso por andar em gabinetes da Fundação Nacional do Índio (Funai), lutando pela demarcação das terras indígenas, sempre com um gravador para registrar tudo o que os não-índios diziam. Ele queria provar que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam com o que prometiam. Juruna foi eleito deputado federal em 1983, primeiro deputado índio no país.

Rafael Xavante, estudante de Antropologia da UnB, lembra dessa época com orgulho. “Juruna abriu as portas para a participação indígena no cenário político brasileiro", afirma. "Mas, apesar da conquista, o movimento ainda não está fácil”.
Lutas sociais dos índios em busca dos seus direitos começou em 1970, e hoje é representado por 486 organizações diferentes

A pesquisa aponta que o movimento sofreu uma divisão após as manifestações durante a festa de 500 anos de descobrimento do Brasil, quando índios entraram em confronto com o Exército. Depois desse episódio, as comunidades passaram a lutar por suas reivindicações específicas, e não mais como um movimento unificado.

Essa tendência começou a se reverter em 2002, quando as diversas organizações se reuniram na Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Essa organização existe para discutir ideias, executar propostas, sugerir políticas públicas e realizar projetos alternativos de sobrevivência e produção econômica nas comunidades.

"Essa tese é importante porque mostra o índio falando por ele mesmo, com autonomia conquistada por esses movimentos", diz a professora Albene Míriam, orientadora da pesquisa.

O enterro do copo descartável no Bandejão

Restaurante não vai mais distribuir copinhos. A partir desta segunda, quem quiser servir-se de suco deverá levar a sua caneca

Amazonir Fulni-ô - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Sexta-feira, 20 de agosto. Hora do almoço no Restaurante Universitário. Sem choro nem lamentações, a comunidade acadêmica assistiu ao Enterro do copo descartável no Bandejão. A peça teatral, realizada por membros do Núcleo da Agenda Ambiental da UnB, marcou o fim dos copos descartáveis no RU. A partir desta segunda-feira, quem quiser beber suco terá que levar a sua caneca.

Segundo a diretora do RU, Cristiane Costa, com a eliminação dos copinhos, a Universidade vai economizar em média 5 mil copos diários, o que em dinheiro equivale a 70 reais por dia, R$ 1.800 por mês. Mas Cristiane diz que o mais importante é o impacto ambiental. “O projeto vem conseguindo alcançar seu objetivo. Cada vez mais, as canecas são utilizadas em lugar dos copos", afirmou.

Para a estudante Flora Fujiwara, da Engenharia Ambiental, a campanha é importante para despertar a consciência das pessoas. “Podemos fazer pequenas coisas no dia a dia que podem ser significativas para o ambiente”, diz.

No começo da campanha, era difícil para alguns alunos lembrar de trazer a caneca. Como a mestranda em Biologia Animal Pollyanne Fernandes. “No início era mais difícil, esquecia da caneca todos os dias, mas agora não esqueço mais. É importante ter essa consciência de reduzir os copos descartáveis”, afirmou.

A peça Enterro do Copo Descartável foi apresentada por cinco artistas, e chama a atenção do público para os malefícios do plástico e enfatizava os benefícios da caneca, como economia da água e menor impacto ambiental. “O mais legal é que público aplaudiu, interagiu e entendeu a mensagem da peça”, enfatizou o estudante de Educação física Diogo Costa, um dos atores.

O Núcleo da Agenda Ambiental ainda distribui ocasionalmente as canecas ecológicas, feitas de material reciclável, no Restaurante Universitário e nos departamentos da UnB. Outras metas do NAA são a implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos e de papel no Campus.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

Centros Acadêmicos discutem trote solidário

Reunião dos CAs com Diretoria de Esporte, Arte e Cultura tratou também da realização de festas e eventos culturais
Amazonir Fulni-ô - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Representantes dos Centros Acadêmicos (CAs) da UnB da Diretoria de Esporte, Arte e Cultura (DEA), reuniram-se na tarde desta quarta-feira, 18 de agosto, para discutir parâmetros para a realização de festas, trotes e atividades esportivas e culturais.

Lucila Souto Mayor, diretora do DEA, chamou atenção para a importância de se acompanhar a legislação que trata do trote nas universidades. “A postura do elefantinho, os xingamentos a outros cursos. Essas brincadeiras não podem continuar”, disse. Ela lembrou que a UnB está construindo uma cartilha que busca resgatar a cultura do trote solidário e recuperar o significado do ritual na história das universidades. "Também estamos tentando ações educativas no ensino médio para que o aluno entre na universidade com o conhecimento do que é o trote”.

Segundo Thiago Marinho, do CA de Sociologia (CASO), durante encontros entre representantes de C.As e do Diretório Central dos Estudantes (DCE), surgiram algumas propostas para solucionar o problema do trote violento na universidade, como a criação de uma comissão de avaliação de trotes que seja composta pela administração da UnB, pelo DCE e pelos CAs. “O trote violento que ridiculariza e humilha tem que acabar. Quando estou em minha casa, não recebo convidados com farinha e latas de tintas. Temos que dar mais ênfase e mais visibilidade ao trote solidário”, ressaltou.

FESTAS - As festas realizadas nos Centros Acadêmicos também foram discutidas. As questões foram desde a formalização de solicitação de autorização até a limpeza dos centros após as festas. Segundo a diretora do DEA, é importante que os responsáveis pelas festas solicitem junto à Prefeitura a autorização com antecedência mínima de 20 dias, e que respeitem as regras, principalmente de sons e de horários. “O minhocão não é um espaço apropriado para festas, por isso é importante tomar essas precauções para diminuir as ocorrências na Prefeitura”, acrescentou Lucila.

Alguns representantes dos centros enfatizaram o problema da limpeza no pós-festa e reclamaram da presença de indigentes nos CAs. O estudante do 5º semestre de História, Kim Gibson, pede que a Prefeitura disponibilize o serviço de limpeza depois das festas. Porém, para Thiago Marinho a limpeza deve ficar por conta dos CAs, e não do dinheiro público.

O DEA também anunciou várias ações, como o lançamento do edital do 12º Festival Universitário de Música Candanga (FINCA), cujas inscrições começam em outubro. Já o Tubo de Ensaios acontece entre os dias 21 a 22 de agosto no ICC sul. O projeto apresenta o que a UnB produz de arte e cultura. Uma das novidades é a participação da escola de samba Acadêmicos da Asa Norte. “Acho o Tubo de Ensaios importante, porque contribui para os estudantes desenvolver sua metodologia própria”, afirmou Magno Assis, do DEA.

Todos os textos e fotos podem ser utilizados e reproduzidos desde que a fonte seja citada. Textos: UnB Agência. Fotos: nome do fotógrafo/UnB Agência.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Quem disse que índio é preguiçoso?

Depende do ponto de vista. Acho que o que lhes falta é oportunidade.

Chegou o mês de abril, época em que os índios Fulni-ô viajam para as cidades como objetivo de divulgar suas danças, seus cânticos e seus artesanatos.

Organizados em grupos que variam entre 6 a 12 comoponentes, os indígenas saem da aldeia em busca de reconhecimento e valorização de suas artes e de seus trabalhos culturais e originais.

Os grupos fazem apresentações em escolas e faculdades. Dançam e cantam a cafurna e o toré cântico tradicional do Povo Fulni-ô, fazem palestra sobre suas histórias e crenças, e em meio a tudo expõem seus artesenatos para que possam ser vendidos (artesanatos que foram confeccionados no decorrer do ano anterior).

Ao final do mês de abril, terminado seus compromissos agendados todos os indígenas voltam para a aldeia Fulni-ô e iniciam um novo processo de confecção de artesanatos para o próximo ano.

Os índios Fulni-ô vivem na aldeia Fulni-ô que fica localizada próxima ao município de Águas Belas/PE. Com uma população de aproximadamente 6 mil índios, os Fulni-ô são os únicos índios do nordeste que ainda mantém sua língua materna YAATHE (nossa língua). E Presevam também o ritual religioso secreto e sagrado Ouricurí.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

índios cantam Roberto Carlos

Na primeira noite da semana de festividades em comemoração a padroeira da aldeia Fulni-ô de Pernambuco, Nossa Senhora da Conceição, índígenas interpretaram canções do Rei Roberto Carlos em show beneficente que será realizado nesta terça-feira (2/2) no Esporte Clube Guaraní, na aldeia Fulni-ô.

Durante o evento, mais de 30 vozes serão ouvida, com estilos diferentes, mas numa mesma sintonia. Afinal o show beneficente, objetiva ajudar no tratamento médico do indígena Jurací Lino da Silva.